O Jumento é animal sagrado, vários poetas já disseram. Zé Clementino, Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga entre outros cantaram e decantaram estrofes homenageando esse animal de mil utilidades no sertão.
O Padre Antônio Batista Vieira nascido no município de Várzea Alegre, Ceará, escreveu em 1964 o livro “O Jumento, nosso irmão” chegando a fundar o Clube Mundial do Jumento
A partir das últimas décadas do século XX esse Animal astucioso quase nordestino passou a perder espaço para tração mecanizada em todo o semiárido, atualmente a moto tem invadido o sertão e o jumento passou a ser esquecido. Mas, ele gigante pela própria natureza é sempre um animal feliz, mesmo abandonado pelo homem, ainda é lembrado pelos sertanejos.
I
Eu admiro o jumento
Com seu jeitão de andar
Animal astucioso
Na hora de relinchar
Diz as letras vogais
Sem mínguem lhe perguntar.
II
Mas quando vai namorar
Não é muito inteligente,
Corre veloz e armado
Derruba quem estar na frente
Mostrando a mercadoria
De forma inconveniente.